Operamos na última semana uma fratura maxilar com etiologia bastante típica no interior do Rio Grande do Sul: por "patada" de cavalo.
O funcionário, inadvertidamente levou um coice do animal, sem no entanto haver trauma direto, o que facilitou para o ferimento não ter sido ainda mais grave.
Nas imagens de reconstrução tomográfica em 3D a seguir, no entanto, verificamos a fratura completa, de maneira transversal, de ambas maxilas, com o traço de fratura passando pelas tuberosidades maxilares e processos peterigoides do osso esfenoide, pilares zigomáticos e assoalho da fossa nasal bilateralmente. Além disso, houve uma luxação posterior de toda a bateria labial inferior (dentes 33 a 43), o que, somado à maloclusão e doença periodontal do paciente, contribuiu para que houvesse mobilidades nestes dentes.
Linha de fratura no pilar zigomático esquerdo |
Linha de fratura no pilar zigomático direito |
Linha de fratura percorrendo os assoalhos nasais, caracterizando a fratura Le Fort I |
O planejamento constituiu-se na redução das fraturas através do reestabelecimento da oclusão dentária, fixação com 4 placas de titânio e parafusos nas regiões de pilares zigomáticos e processos nasais da maxila, além de amarilho da luxação dentária em bloco.
Radiografia pós-operatória com as placas e parafusos em posição |
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