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Displasia Ectodérmica

Motivados pela notícia da Revista Marie Claire, falaremos hoje sobre a Displasia Ectodérmica.

Somos tão preconceituosos em relação às diferenças enquanto seres humanos, que o destaque sócio-econômico-cultural de um indivíduo com algum tipo de deficiência ainda causa espanto e literalmente vira manchete de revista.

A modelo norte americana Melanye Gaydos está tendo destaque no mundo da moda como modelo e sonha em desfilar profissionalmente, embora a aparência "fora dos padrões".

Fonte: Revista Marie Claire

Mas, ao contrário da observação da matéria, a displasia ectodérmica é bem comum para quem vive o dia-a-dia do profissional de saúde.

A Displasia Ectodérmica provoca deficiências em toda a ECTODERME, mais notadamente em cabelos, unhas e DENTES. Os pacientes portadores não possuem nenhum déficit cognitivo, mas geralmente são bastante retraídos, tímidos e excluídos socialmente, especialmente na idade escolar, pela aparência anormal que exibem.

Especificamente na odontologia, são pacientes que exigem um tratamento multidisciplinar, já que possuem mais cáries devido à pouca produção de saliva, ausências dentárias por conta da síndrome, e modificação na forma dos elementos dentários.

Ausências dentárias ou dentes em forma cuneiforme são bastante comuns (imagens da web)

Má formação das unhas (imagens da web)

Cabelos ralos, retroposicionamento maxilar e aparência patognomônica (imagens da web)
São pacientes, que embora retraídos socialmente, nos trazem grande satisfação como profissionais. Nunca esqueço de um de meus primeiros pacientes, ainda na graduação, que era portador de Displasia Ectodérmicas. Ao terminarmos as suas próteses (devido às multiplas ausências dentárias), sua auto-estima melhorou tanto que até o seu desempenho escolar aumentou significativamente. Finalmente ele passou de ano, já que vinha sendo reprovado há 3 anos seguidos.

Até a próxima.

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