Reparação Tecidual em Cirurgia Bucofacial

Em uma especialidade que lida com a face, é de suma importância os cuidados com a estética, embora nem sempre, especificamente nos casos de traumatismos faciais, isto seja possível.

No reparo de tecidos moles, a cicatrização usualmente é dividida em primeira ou segunda intenção.

Quando por primeira intenção, as bordas dos ferimentos podem ser aproximadas, como no caso de uma incisão que é fechada por suturas. O defeito reepiteliza rapidamente, sendo fechado graças ao depósito de matriz.

A cicatrização por segunda intenção é a cicatrização espontânea da ferida aberta, onde as bordas não foram aproximadas. O tecido de granulação lentamente preenche a ferida até a sua completa reepitelização.

O reparo dos tecidos moles é ainda composto de cinco fases:

FASE INFLAMATÓRIA: contração de vasos, cadeia de coagulação iniciada e ativação de fibroblastos.

FASE DE GRANULAÇÃO: é um tecido de matriz frouxa, que aparece em feridas abertas, constituído essencialmente de colágeno. Caracteriza-se pelo tom avermelhado.

FASE DE EPITELIZAÇÃO: espessamento da epiderme e ativação de queratinócitos (células da pele). Os tecidos necróticos e corpos estranhos são separados da ferida. Caracteriza-se pelo aspecto endurecido e espesso da ferida (queloide).

FASE DA FIBROPLASIA: é a finalização da correção de uma ferida (cicatriz). O depósito desorganizado de colágeno é importante na formação de cicatrizes. Há um equilíbrio entre a síntese e a degradação do colágeno, favorecendo o seu depósito. A resistência à tração da ferida aumenta até a sexta semana do ferimento. O resultado final é a cicatriz.

FASE DA CONTRAÇÃO: destruição e reparo de tecidos moles, formando novo tecido conjuntivo. A contração da cicatriz pode ser deletéria devido ao tecido fibrótico sofrer redução. Geralmente o resultado final só é conhecido em seis meses ou mais.

* adaptado de : Tratado de Cirurgia Bucomaxilofacial, Ronaldo de Freitas

Ainda, o cirurgião pode lançar mão de técnicas para reduzir o tempo de cicatrização e formar um processo mais preciso, através de incisões limpas, escolha da área da incisão (geralmente escondida entre as rugas), técnicas de sutura e pomadas cicatrizantes.

Caso operado e publicado aqui: http://britesbucofacial.blogspot.com/2011/05/afundamento-do-osso-zigomatico.html