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DTM

A DTM, ou Desordem TemporoMandibular, é um problema crônico que afeta seguramente mais da metade dos pacientes, embora nem todos apresentem sintomas. Em estudos recentes, comprovou-se por ressonância magnética que mais de 90% do grupo de estudo possuía algum grau de distúrbio nos tecidos de uma ou ambas ATMs (Articulação TêmporoMandibular), embora nem sempre com sintomatologia.

As causas são as mais variadas, e hoje sabe-se que trata-se de um problema multifatorial. A principal causa é a má-oclusão, que faz com que a altura do terço inferior da face seja modificada ou que um dos lados da mordida seja sobre-carregada, causando injúria aos tecidos das ATMs.


Outra causa bem comun e recentemente relatada é a oscilação hormonal, o que explica o fato de que a maioria dos pacientes com sintomas são mulheres: o uso de anticoncepcionais ou reposição hormonal recente provadamente tem relação direta com distúrbios de ATM.

Outras agraventes dignos de nota são a ausências dentárias, espasmos musculares, próteses dentárias mal-adaptadas, bruxismo ou apertamento dentário, má-postura e principalmente, quase sempre relacionado ao problema, o estresse.

O tratamento, logicamente, é multifatorial, envolvendo dentista, fisioterapeuta e psicólogo, e pode incluir: reabilitação dentária e/ou protética, uso de placas miorrelaxantes noturnas, calor úmido, fisioterapia, antiinflamatórios, controle do estresse, infiltrações intra-articulares e cirurgia.

O mais importante, e é o que sempre digo aos meus pacientes, é que a DTM é uma doença crônica assim como a diabetes e a hipertensão: não há cura. O que podemos fazer enquanto profissionais é dar os meios para melhorar a qualidade de vida do paciente, notadamente eliminando a dor. Dificilmente ou quase nunca se consegue a remissão total dos sinais.

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