Existem inúmeras lesões de glândulas salivares menores, sendo as mais comuns as lesões por extravazamento de muco (mucocele e rânula).
Em glândulas salivares maiores (parótidas, submandibulares e sublinguais), no entanto, existe uma infinidade de lesões que não são tão comuns.
As lesões de glândulas parótidas, que podem variar de uma neoplasia maligna (câncer) a outros tipos de lesões menos sérias, são mais difíceis de diagnosticar e tratar. Procedimentos cirúrgicos na região da glândula parótida, por exemplo, são extremamente arriscados, sob risco de lesão de ramos do nervo facial com paralisia permanente.
Operamos um caso de entidade cística entre a musculatura (masséter, platisma e pterigoideo medial) próxima à glândula parótida. O que definiu a necessidade da remoção cirúrgica foi a sua palpação. Clinicamente a lesão apresentava-se móvel e bem definida, o que praticamente excluiu a chance de malignidade, somado ao fato de que a ultrassonografia e a tomografia computadorizada mostrava esta lesão bem circunscrita superficial aos tecidos mais profundos da face, reduzindo os riscos de lesão traumática.
Conseguimos a remoção completa da lesão, com sua cápsula, através de uma dissecção romba entre a musculatura, isto é, sem lesionar ou seccionar acidentes anatômicos importantes, mantendo a integridade dos tecidos.
Estamos no aguardo do exame histopatológico (biópsia), e temos como possível diagnóstico um adenoma pleomórfico.
Aderência da lesão entre o músculo masséter e osso mandibular |
Lesão sendo removida |
Conseguimos a remoção completa da lesão sem lesar os tecidos |
Aguardamos o resultado do exame histopatológico |
Sutura dos planos musculares e pele |
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