Há um questionamento muito grande a cerca da cobrança de consulta inicial por parte do Cirurgião-Dentista, embora o mesmo questionamento não ocorra com médicos, baseado na premissa de que seria "só uma olhadinha". Na verdade, afora o fato de o código de ética odontológica proibir consultas gratuitas (ou de avaliação, ou de orçamento, ou sem compromisso, ou qualquer nomenclatura que usem), o fato é que a consulta inicial agrega muito mais coisas, algumas que você nem imagina.
E não estamos aqui discutindo o custo de um cirurgião-dentista para formar-se, nem os anos de estudo na especialização e cursos de atualização constante e para sempre, muito menos o valor da hora clínica (custos com manutenção, água, luz, telefone, internet, material, pessoal, salários, férias, décimo terceiro, impostos) que geram um valor mínimo para manter um consultório ou clínica funcionando.
Resolvemos então compartilhar reportagem muito interessante veiculada no site terra sobre o assunto: 15 coisas que o dentista faz que você nem imagina, muitas delas na tal "avaliação sem compromisso", que tem é muito compromisso, profissionalismo, custos e conhecimento envolvidos.
Para manter o sorriso bonito e saudável é importante visitar o dentista pelo menos duas vezes por ano. Mas engana-se quem pensa que nessas consultas somente os dentes são analisados e que o profissional só serve para caçar cáries. Há muitas coisas que acontecem na cadeira do dentista que você nem imagina, mas a gente vai te contar em 15 itens.
1. Exame da gengiva
A gengiva, junto com os ossos, ajuda na sustentação dental e, caso esteja inflamada, é obrigação do profissional tomar providências para reverter o quadro. “Além do sangue, é possível detectar o problema ao perceber a gengiva avermelhada, inchada e sensível. Uma gengiva inflamada e sem cuidados pode acarretar perda dental”, diz o cirurgião-dentista, João Flávio Souza Lessa.
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2. Análise dos tecidos internos da boca
Um problema bastante comum encontrado na mucosa bucal é a afta, lesão que merece uma atenção especial. “Alimentos ácidos e estresse podem desencadear o aparecimento delas. Porém, úlceras que não se resolvem em duas semanas devem ser examinadas por um profissional. As lesões de câncer bucal podem ter início como uma pequena úlcera indolor”, diz Sibele Sarti Penha, professora membro do Setor de Urgência Odontológica da Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP).
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3. Check-up na língua
Não sei se você sabia, mas a língua é um órgão indicador de doenças. “Uma língua saudável deve ser rosa, com uma superfície lisa e homogênea. Qualquer alteração de cor, forma ou tamanho pode ser um indicativo de doença, desde anemia e falta de vitaminas até um câncer ou AIDS. E como temos um acesso mais facilitado a toda a boca, cabe a nós avaliarmos a língua também”, diz João Flávio.
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4. Teste de oclusão
O encaixe entre a mandíbula e a maxila devem ser analisados na consulta. “Problemas oclusais (de mordida) podem passar despercebido pelos pais, que costumam só olhar o alinhamento dental, mas um profissional especializado vai saber identificar esse tipo de problema logo na primeira consulta”, diz o especialista.
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5. Teste da saliva
Também é função do dentista analisar o volume, a viscosidade e a densidade da saliva. No entanto, segundo uma pesquisa da Universidade de Brasília, apenas 7% dos dentistas costuma fazer um exame para avaliá-la. “O baixo fluxo salivar pode causar mau hálito, facilitar o aparecimento de infecções gengivais e cáries, além de causar amidalites, faringites, esofagites e até úlcera”, diz João.
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6. Garganta inflamada?
Até uma garganta inflamada pode causar problemas bucais. “Respiração bucal, ressecamento da mucosa e inflamação das amídalas são fatores que podem estar interligados. Mais do que alterar a respiração, as infecções da amígdala podem provocar problemas no desenvolvimento da arcada dentária e dos músculos faciais”, diz o especialista.
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7. Exame do rosto
“Só de olhar para o rosto de uma pessoa dá para saber se há problemas de desenvolvimento da mandíbula, na musculatura do rosto ou algum tipo de má oclusão. Alguns desses problemas alteram tanto o formato da face que cirurgias podem ser indicadas”, diz o especialista.
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8. Como vai o seu pescoço?
É cada vez mais importante o papel do cirurgião-dentista na detecção precoce de doenças de cabeça e pescoço. Um pescoço inchado pode indicar inflamação nos gânglios linfáticos. “Essa inflamação pode ser causada por um resfriado, infecções na garganta ou até dentárias, por isso, às vezes, só de passar a mão do pescoço do paciente, sabemos que podemos encontrar um problema dental”, diz João.
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9. Atenção aos ruídos
Outra função dos dentistas é examinar as articulações que ligam o crânio à mandíbula. “Para saber se há algum problema com elas temos que ficar atentos a ruídos quando o paciente abre e fecha a boca, mas também ao grau da sua abertura. Pessoas que sofrem de disfunção da articulação temporomandibular costumam se queixar de dores de ouvido, cabeça e dente”, diz João.
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10. Verificação dos dentes moles
Depois de analisar todos os itens citados acima, o dentista começa a examinar os dentes. “Uma das primeiras coisas que costumo fazer é um check up geral na dentição em busca de algum elemento mole”, diz João.
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11. E dos quebrados também
Se o dente foi quebrado naquele dia, é importante que a pessoa traga o fragmento em condições ideais para que o dentista possa colá-lo. “O ideal é colocar o fragmento imerso em soro fisiológico, leite ou, em último caso, água filtrada, e procurar um dentista. Se por acaso o dente sair por inteiro (com raiz e tudo), o tempo será determinante para que o problema seja resolvido”, diz Sibele.
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12. Avaliação do aparelho dental
Se a pessoa usa aparelho ortodôntico, também caberá ao dentista observar se não há problema com o aparelho. “Mesmo que a ortodontia não seja a especialidade daquele profissional, ele com certeza verificará se as peças estão no lugar, se não há nenhuma lesão mais séria nos tecidos da boca e se a higienização está sendo feita corretamente”, diz João.
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13. Limpeza dos dentes
Quase toda visita ao dentista inclui uma limpeza nos dentes. “Se não houver placa calcificada, a limpeza será simples e tranquila com raspagem da superfície dental, próxima à gengiva, para a retirada de restos de alimentos e outros resíduos. Essa limpeza serve para evitar o acúmulo de placa bacteriana e, assim, o surgimento de cáries e problemas gengivais”, diz o especialista.
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14. Polimento dos dentes
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14. Polimento dos dentes
Após fazer a limpeza, o profissional também pode dar uma polida na superfície dos dentes para deixá-los com um aspecto mais branco e brilhante.
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15. Percepção do mau hálito
Embora seja o último item citado, a percepção do mau hálito se dará logo na primeira abertura de boca na cadeira do dentista. “Ao identificar o problema, o dentista poderá fazer uma avaliação mais criteriosa da higienização bucal, da presença de placa bacteriana, saburra lingual e, se for o caso, encaminhar o paciente a um especialista no assunto”, diz João.
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