Atenção: todas as imagens de pacientes e/ou casos clínicos publicados neste blog, estão autorizados, verbalmente e por escrito, pelo próprio paciente, dentro das normas do código de ética médico e odontológico. Eventuais exibições de rostos dos pacientes também está autorizado e é do seu conhecimento.

O Medo do Dentista


Nossa pesquisa, embora empírica, reforça aquilo que já sabemos. O medo do dentista está entranhado no brasileiro, é visceral, é cultural.
Há não muito tempo atrás, com os parcos recursos disponíveis, com a ciência não tão desenvolvida, sem a qualidade dos anestésicos atuais, e sem a consciência dos cuidados com a saúde bucal, é natural que o dentista tenha se tornado o vilão da saúde. Com métodos meramente curativos, o cirurgião-dentista se resumia a um "arrancador" de dentes.

Essa questão cultural foi transmitida de pai para filho. Quem nunca soube de mães que ameaçam os próprios filhos para que tenha boa educação: "Se você não se comportar,  levo você ao dentista para tomar injeção". O que a criança tem a ver com isso?

Enfim, pela nossa pesquisa, vemos que a maioria dos pacientes tem mesmo medo é do "barulhinho" (veja enquete acima). Ou seja, um medo injustificável, somático, que acaba por afastar muitos pacientes em potencial do devido atendimento, o que faz com que a saúde bucal do brasileiro seja uma das piores do mundo, embora tenha melhorado muito nos últimos anos.

A sugestão que tenho aos pacientes é que invistam em prevenção: compareçam aos seus dentistas com maior frequencia, assim evitando tratamentos curativos, que muitas vezes são mais extensos e/ou dolorosos, além de mais dispendiosos/caros. Hoje em dia, com as modernas técnicas e a atualização dos medicamentos e anestésicos, dificilmente um tratamento odontológico se transforma em um "filme de terror". Passe esta ideia adiante. O dentista, decididamente, não é vilão. Tem amor pelo que faz e vai procurar tratá-lo com carinho, obedecendo as técnicas atuais, com responsabilidade, ética e segurança. Temos certeza que o dia que você encontrar um cirurgião-dentista em quem possa confiar, muitos de seus medos, frustrações ou incertezas quanto aos tratamentos irão acabar! Cabe a você encontrá-lo.

Aos colegas, sugiro uma maior atenção ao paciente. Em nossa especialidade, atuando exclusivamente com cirurgia, habitualmente estamos acostumados com o temor que a profissão causa ao leigo, e cabe a nós não somente conviver com isso, mas nos adaptarmos: seja paciente. Mantenha contato com seu paciente - ligue, mande e-mails, mostre que você realmente se importa com ele. Mostre segurança, afinal, você sabe o que está fazendo. Cante (sim, por que não?) durante os atendimentos. Evite assustá-lo: paciente não precisa enxergar instrumental ou agulha. Invista no audiovisual: uma tela de DVD distrai o nosso paciente. Cadeiras com massagem também são boas alternativas. SE ATUALIZE - reserve ao mínimo duas ou três datas anuais para cursos/congressos. Isso valoriza o profissional frente ao paceinte. São algumas das dicas que aplicamos para reduzir o estresse emocional que comprovadamente recai sobre quem, afinal, é a razão da nossa paixão pela profissão: O CLIENTE!


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