Atenção: todas as imagens de pacientes e/ou casos clínicos publicados neste blog, estão autorizados, verbalmente e por escrito, pelo próprio paciente, dentro das normas do código de ética médico e odontológico. Eventuais exibições de rostos dos pacientes também está autorizado e é do seu conhecimento.
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Drogas x Anestesia Odontológica

Segue excelente informação, cortesia da Dental AMB:



ANESTESIA LOCAL EM PACIENTES USUÁRIOS DE COCAÍNA 

Uma interação medicamentosa pode ocorrer quando uma das drogas interfere, de algum modo, sobre a outra, podendo ser classificada .como farmacocinétlca - quando se manifesta durante a absorção, a distribuição, a biotransformação ou a excreção das drogas - ou farmacodinâmica - quando acontece nos sítios de ação das drogas, envolvendo os mecanismos pelos quais os efeitos desejados se processam. Na prática odontológica, algumas interações de drogas podem ser benéficas, como é o caso dos vasoconstritores associados aos anestésicos locais, por diminuir a toxicidade destes e proporcionar uma maior duração da anestesia. Ao contrário, outras interações podem acarretar efeitos adversos, de menor ou maior significado clínico, muitos deles previsíveis e passíveis de serem evitadas, desde que sejam tomadas algumas medidas de ordem preventiva. Neste sentido, deve-se destacar a importância da anamnese ou exame subjetivo, para que se possa traçar o perfil inicial do paciente que será tratado sob sua responsabilidade. Num indivíduo saudável. que não apresenta história de doenças sistêmicas, o risco das interações medicamentosas fica restrito aos fármacos que o próprio dentista poderá aplicar ou prescrever. Entretanto, a possibilidade de interações é muito maior no atendimento de pacientes que fazem uso contínuo de uma ou mais drogas, como é o caso dos diabéticos, hipertensos e cardiopatas, entre outros. Isto reforça a importância da relação profissional entre o dentista e o médico que trata do paciente, quando deve ser estimulada a troca de informações sobre o controle ou compensação de sua doença, bem como a avaliação do risco/benefício quanto ao emprego das soluções anestésicas locais e 'outras drogas. Deve-se também ressaltar que o cirurgião-dentista é em última análise o responsável direto pelo procedimento odontológico sendo, portanto, quem deve selecionar a solução anestésica local para um determinado tipo de paciente e/ou intervenção. As interações medicamentosas adversas, que eventualmente ocorrem na prática odontológica, não são bem documentadas, provavelmente pelo fato de que a odontologia é exercida muito mais em consultórios ou clínicas privadas do que em ambientes comunitários, como nos hospitais. Portanto, apesar de muitas das interações entre drogas já se encontrarem bem estabelecidas, outras, ao contrário, são apenas baseadas em relatos isolados e que ainda necessitam de maior comprovação científica.


INTERAÇÃO ENTRE OS ANESTÉSICOS LOCAIS DE USO ODONTOLÓGICO E A COCAÍNA

As soluções anestésicas locais que contêm um agente vasoconstritor do grupo das aminas simpatomiméticas -adrenalina (o mesmo que epinefrina), noradrenalina (norepinefrina), /evonordefrina (neocobefrina) ou fenilefrina. Independente do sal anestésico associado (lidocaína, mepivacaína, articaína ou bupivacaína), quando usadas em doses excessivas ou injetadas acidentalmente no interior dos vasos sangüíneos, podem interagir com certas drogas que o paciente faz uso, como os betabloqueadores cardíacos, antidepressivos tricíclicos, derivados das anfetaminas etc, podendo induzir reações adversas de certa gravidade. Entretanto, talvez a interação mais discutida atualmente seja aquela entre a cocaína e as aminas simpatomiméticas contidas nas soluções anestésicas locais, provavelmente pelos índices alarmantes do uso ilícito de cocaína em todo o mundo, independentemente do nível cultural ou sócio-econômico da população. A cocaína é um agente simpatomimético que estimula a liberação de noradrenalina e inibe sua recaptação nas terminações nervosas adrenérgicas. Isto implica dizer que os usuários de cocaína são pacientes de risco para toda e qualquer complicação cardiovascular. Em doses suficientes, induz hipertensão arterial e taquicardia, aumentando o débito cardíaco e as necessidades de oxigênio. Esta atividade do SNA simpático pode diminuir a perfusão das artérias coronárias e acarretar uma isquemia significante, arritmia ventricular, angina pectoris e infarto do miocárdio, efeitos estes que têm sido exaustivamente relatados. Pesquisas recentes na Universidade de Harvard mostram que, logo após o uso, a cocaína provoca constrição do baço e um aumento de 4 a 6% do número de glóbulos vermelhos que, uma vez na circulação, aumentam a viscosidade do sangue e o risco de trombose. Além disso, a cocaína parece induzir uma maior produção de um importante fator da coagulação sangüínea, o fator de von Willebrand, que aumenta em até 40% e contribui ainda mais para a formação de coágulos intravasculares. Concluiu-se que "usar cocaína é como jogar a roleta russa: a vasoconstrição que ocorre nos primeiros dez minutos após o uso da droga carrega a arma, o aumento da viscosidade levanta o gatilho e o fator Von Willebrand dispara o projétil". Enquanto o efeito da cocaína permanecer ativo é também alto o risco de efeitos adversos, caso os vasoconstritores do grupo das aminas simpatomiméticas forem inadvertidamente injetados no sistema vascular sangüíneo. Segundo Van DYKE e cols., os maiores níveis plasmáticos da cocaína são alcançados dentro de 30 minutos após administração intravenosa, desaparecendo após duas horas, aproximadamente. Entretanto, quando a cocaína é "aspirada", a absorção para a corrente sangüínea torna-se mais lenta, com o efeito sendo prolongado pelo período de 4 a 6 horas. Isto pode ter servido de base para as palavras de GOULET e cols., que acrescentam: "estes pacientes são verdadeiras bombas-relógios ambulantes, caso estejam sob o efeito da droga no mesmo dia em que forem submetidos ao tratamento odontológlco". Em virtude do risco potencial que isto representa para o cirurgião-dentista, é proposto o seguinte protocolo no atendimento de pacientes usuários de cocaína. Através da anamnese, procurar identificar o usuário de cocaína. Como na grande maioria dos casos o paciente não relata ou não assume sua condição de usuário da droga, deve-se incluir a seguinte pergunta no roteiro de anamnese: Você faz uso de cocaína? Obviamente o profissional deverá esclarecer o teor da pergunta, descrevendo o grande risco de interação da droga com certos tipos de vasoconstritores contidos nas soluções anestésicas. Obs: Caso o cirurgião-dentista suspeite das informações dadas pelo paciente, alguns sinais físicos característicos como euforia, agitação, tremores, dilatação das pupilas e alteração no ritmo cardíaco (avaliada através do pulso carotídeo), assim como lesões de pele na região ventral do antebraço ou da mucosa nasal, podem, auxiliar na identificação deste grupo de pacientes.

15 Coisas que o Dentista Faz que Você nem Imagina



Há um questionamento muito grande a cerca da cobrança de consulta inicial por parte do Cirurgião-Dentista, embora o mesmo questionamento não ocorra com médicos, baseado na premissa de que seria "só uma olhadinha". Na verdade, afora o fato de o código de ética odontológica proibir consultas gratuitas (ou de avaliação, ou de orçamento, ou sem compromisso, ou qualquer nomenclatura que usem), o fato é que a consulta inicial agrega muito mais coisas, algumas que você nem imagina.

E não estamos aqui discutindo o custo de um cirurgião-dentista para formar-se, nem os anos de estudo na especialização e cursos de atualização constante e para sempre, muito menos o valor da hora clínica (custos com manutenção, água, luz, telefone, internet, material, pessoal, salários, férias, décimo terceiro, impostos) que geram um valor mínimo para manter um consultório ou clínica funcionando.

Resolvemos então compartilhar reportagem muito interessante veiculada no site terra sobre o assunto: 15 coisas que o dentista faz que você nem imagina, muitas delas na tal "avaliação sem compromisso", que tem é muito compromisso, profissionalismo, custos e conhecimento envolvidos.


Para manter o sorriso bonito e saudável é importante visitar o dentista pelo menos duas vezes por ano. Mas engana-se quem pensa que nessas consultas somente os dentes são analisados e que o profissional só serve para caçar cáries. Há muitas coisas que acontecem na cadeira do dentista que você nem imagina, mas a gente vai te contar em 15 itens.

1. Exame da gengiva
 
A gengiva, junto com os ossos, ajuda na sustentação dental e, caso esteja inflamada, é obrigação do profissional tomar providências para reverter o quadro. “Além do sangue, é possível detectar o problema ao perceber a gengiva avermelhada, inchada e sensível. Uma gengiva inflamada e sem cuidados pode acarretar perda dental”, diz o cirurgião-dentista, João Flávio Souza Lessa.


Foto: Ocskay Bence / Shutterstock

2. Análise dos tecidos internos da boca 

Um problema bastante comum encontrado na mucosa bucal é a afta, lesão que merece uma atenção especial. “Alimentos ácidos e estresse podem desencadear o aparecimento delas. Porém, úlceras que não se resolvem em duas semanas devem ser examinadas por um profissional. As lesões de câncer bucal podem ter início como uma pequena úlcera indolor”, diz Sibele Sarti Penha, professora membro do Setor de Urgência Odontológica da Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP).


Foto: CRM / Shutterstock

3. Check-up na língua
Não sei se você sabia, mas a língua é um órgão indicador de doenças. “Uma língua saudável deve ser rosa, com uma superfície lisa e homogênea. Qualquer alteração de cor, forma ou tamanho pode ser um indicativo de doença, desde anemia e falta de vitaminas até um câncer ou AIDS. E como temos um acesso mais facilitado a toda a boca, cabe a nós avaliarmos a língua também”, diz João Flávio.

Foto: Valeriy Lebedev / Shutterstock

4. Teste de oclusão
O encaixe entre a mandíbula e a maxila devem ser analisados na consulta. “Problemas oclusais (de mordida) podem passar despercebido pelos pais, que costumam só olhar o alinhamento dental, mas um profissional especializado vai saber identificar esse tipo de problema logo na primeira consulta”, diz o especialista.

Foto: kurhan / Shutterstock


5. Teste da saliva
Também é função do dentista analisar o volume, a viscosidade e a densidade da saliva. No entanto, segundo uma pesquisa da Universidade de Brasília, apenas 7% dos dentistas costuma fazer um exame para avaliá-la. “O baixo fluxo salivar pode causar mau hálito, facilitar o aparecimento de infecções gengivais e cáries, além de causar amidalites, faringites, esofagites e até úlcera”, diz João.

Foto: ARENA Creative / Shutterstock

6. Garganta inflamada?
Até uma garganta inflamada pode causar problemas bucais. “Respiração bucal, ressecamento da mucosa e inflamação das amídalas são fatores que podem estar interligados. Mais do que alterar a respiração, as infecções da amígdala podem provocar problemas no desenvolvimento da arcada dentária e dos músculos faciais”, diz o especialista.

Foto: Tom Kuest - Fotograf / Shutterstock

7. Exame do rosto
“Só de olhar para o rosto de uma pessoa dá para saber se há problemas de desenvolvimento da mandíbula, na musculatura do rosto ou algum tipo de má oclusão. Alguns desses problemas alteram tanto o formato da face que cirurgias podem ser indicadas”, diz o especialista.

Foto: Subbotina Anna / Shutterstock

8. Como vai o seu pescoço?
É cada vez mais importante o papel do cirurgião-dentista na detecção precoce de doenças de cabeça e pescoço. Um pescoço inchado pode indicar inflamação nos gânglios linfáticos. “Essa inflamação pode ser causada por um resfriado, infecções na garganta ou até dentárias, por isso, às vezes, só de passar a mão do pescoço do paciente, sabemos que podemos encontrar um problema dental”, diz João.

Foto: Piotr Marcinski / Shutterstock

9. Atenção aos ruídos
Outra função dos dentistas é examinar as articulações que ligam o crânio à mandíbula. “Para saber se há algum problema com elas temos que ficar atentos a ruídos quando o paciente abre e fecha a boca, mas também ao grau da sua abertura. Pessoas que sofrem de disfunção da articulação temporomandibular costumam se queixar de dores de ouvido, cabeça e dente”, diz João.

Foto: Adam Gregor / Shutterstock

10. Verificação dos dentes moles
Depois de analisar todos os itens citados acima, o dentista começa a examinar os dentes. “Uma das primeiras coisas que costumo fazer é um check up geral na dentição em busca de algum elemento mole”, diz João.

Foto: Pressmaster / Shutterstock

11. E dos quebrados também
Se o dente foi quebrado naquele dia, é importante que a pessoa traga o fragmento em condições ideais para que o dentista possa colá-lo. “O ideal é colocar o fragmento imerso em soro fisiológico, leite ou, em último caso, água filtrada, e procurar um dentista. Se por acaso o dente sair por inteiro (com raiz e tudo), o tempo será determinante para que o problema seja resolvido”, diz Sibele.

Foto: Sergii Chepulskyi / Shutterstock

12. Avaliação do aparelho dental
Se a pessoa usa aparelho ortodôntico, também caberá ao dentista observar se não há problema com o aparelho. “Mesmo que a ortodontia não seja a especialidade daquele profissional, ele com certeza verificará se as peças estão no lugar, se não há nenhuma lesão mais séria nos tecidos da boca e se a higienização está sendo feita corretamente”, diz João.

Foto: hightowernrw / Shutterstock

13. Limpeza dos dentes
Quase toda visita ao dentista inclui uma limpeza nos dentes. “Se não houver placa calcificada, a limpeza será simples e tranquila com raspagem da superfície dental, próxima à gengiva, para a retirada de restos de alimentos e outros resíduos. Essa limpeza serve para evitar o acúmulo de placa bacteriana e, assim, o surgimento de cáries e problemas gengivais”, diz o especialista.

Foto: patrisyu / Shutterstock

14. Polimento dos dentes
Após fazer a limpeza, o profissional também pode dar uma polida na superfície dos dentes para deixá-los com um aspecto mais branco e brilhante.

Foto: Dmitry Kalinovsky / Shutterstock

15. Percepção do mau hálito
Embora seja o último item citado, a percepção do mau hálito se dará logo na primeira abertura de boca na cadeira do dentista. “Ao identificar o problema, o dentista poderá fazer uma avaliação mais criteriosa da higienização bucal, da presença de placa bacteriana, saburra lingual e, se for o caso, encaminhar o paciente a um especialista no assunto”, diz João.

A Mercantilização da Odontologia

Nos últimos anos, com a inoperância das entidades odontológicas de classe, surgiram inúmeros novos cursos de graduação, bem como de pós-graduação em Odontologia.

Muitas vezes sem as mínimas condições de infra-estrutura e de corpo docente, essas novas instituições, juntamente com as instituições já existentes, vem jogando milhares de novos profissionais no mercado anualmente.

O resultado, com a grande oferta, é uma espécie de mercantilização da profissão, com serviços especializados sendo oferecidos a valores cada vez menores, em nome de uma concorrência entre colegas que não deveria existir. Naturalmente, com o aumento da oferta e os baixos valores praticados, a qualidade dos serviços oferecidos vem baixando consideravelmente.

Um fenômeno novo de exploração de jovens recém formados por grandes redes de saúde tem se repetido, oferecendo à esses profissionais salários aviltantes em troca de serviços em que nem sempre é oferecida a melhor condição. Além disso, os baixos índices de remuneração oferecido pelos planos de saúde aos cirurgiões dentistas favorecem a concorrência entre profissionais, que priorizam o preço à excelência.

Pelas redes sociais, são postadas imagens degradantes de charges sobre uma profissão que (ainda) é considerada nobre.


Felizmente, ainda existem profissionais (não poucos), pautados na ética, tecnologia e conhecimento, que conseguem oferecer aos seus pacientes/clientes a confiança e trabalho adequados e em bom nível, e não somente pautados na recompensa financeira.

A dica de hoje ao leitor é não comparar serviços em saúde com mercadoria. Ainda é comum consultar em vários colegas (a famosa "olhadinha", proibida pelo código de ética), afim de buscar o menor preço, à guiza do melhor serviço prestado. Você está tratando da sua saúde, da sua vida!


Manejo do Paciente Especial em Consultório sob Sedação

A sedação na odontologia há muito é difundida nos Estados Unidos, com o uso do gás hilariante (óxido nitroso). No Brasil, recentemente, cursos de capacitação foram propostos de maneira a permitir ao cirurgião dentista o seu uso.

O assunto é controverso. No meu ponto de vista, penso que a sedação de um paciente deva ser acompanhada por um médico anestesista. Devemos respeitar os limites da profissão, tanto ética como tecnicamente, assim como devemos exigir que respeitem as nossas atribuições (atuação do bucomaxilo), além do que é simplesmente impossível trabalharmos no paciente ao mesmo tempo em que controlamos a sua sedação.

Os casos a terem indicação para sedação devem ser muito bem selecionados. Em alguns momentos, a melhor indicação é a internação hospitalar e anestesia geral. Alguns casos mais simples, preferimos a sedação endovenosa em consultório, acompanhada por médico anestesista, para evitar ao paciente (já prejudicado pela sua condição) o stress inevitável do hospital.

No caso à seguir, contamos com a ajuda da competente colega Nice Guidolim, especialista em pacientes especiais e já mais do que acostumada às difíceis lides da especialidade. A competente ajuda do médico anestesista Rafael Dornelles, controlando os sinais vitais do paciente, administrando a sedação endovenosa e os medicamentos pós-operatórios também foi de grande valia.

É importante uma sala cirúrgica adequada e uma ASB bem treinada

A administração da sedação deve ser acompanhada por médico anestesista

A sedação endovenosa proporciona controle da dor, sonolência e tranquilidade ao paciente

Extremamente importante contarmos com balão de oxigênio e material de primeiros socorros

O paciente permanece calmo, deixa-se trabalhar e não sente nenhuma dor

Prototipagem em Odontologia

O uso do titânio na odontologia não é novidade, visto que há várias décadas o material é utilizado com sucesso nos implantes dentários, tendo como principal característica a excelente biocompatibilidade com o osso humano.

No entanto, com o passar dos anos, com o aumento do nível e exigência e com a necessidade de resultados com  um nível cada vez maior de previsibilidade, novos métodos de planejamento e diagnóstico tem sido propostos neste sentido.

A prototipagem é a confecção de um modelo, geralmente em acrílico, exatamente nas mesmas dimensões do órgão ou tecido original, obtido através de reconstruções em terceira dimensão de cortes tomográficos. As reconstruções virtuais são encaminhadas à serviços especializados, que literalmente esculpem, de maneira automatizada, os tecidos desejados, de maneira a facilitar enormemente um planejamento cirúrgico.

Já há alguns anos a técnica é usada no planejamento de reconstruções de perdas ósseas importantes por traumatismos traumatismos ou tumores: a vantagem de termos a peça previamente ao procedimento é a possibilidade de já entrarmos em campo com placas de reconstrução previamente dobradas nas angulações que gostaríamos que elas estivessem após a correção dos defeitos.

Mais recentemente, com o aumento significante do número de casos de de desordens da articulação temporo-mandibular, a técnica tem sido usada com frequência na reposição protética destas superfícies articulares severamente comprometidas.

Prótese de ATM de titânio individualizada por meio da prototipagem (imagem da web)

No início, o custo da fabricação das peças era muito alto no Brasil. Com o barateamento do material e a disseminação da técnica, os custos tem reduzido bastante.


Protótipo confeccionado a partir de reconstrução tomográfica 3D (imagem da web)

Sequencia da técnica: corte tomográfico, reconstrução 3D e protótipo (imagem da web)

Protótipo de terços médio e inferior do esqueleto facial (imagem da web)

Em outras situações, a prototipagem tem sido muito útil no planejamento de reconstruções complexas por implantes: naqueles casos onde a quantidade e qualidade óssea reduzem a previsibilidade do caso, o trabalho com protótipos conduz o cirurgião, durante o planejamento, ao ponto exato onde os implantes deverão ser inseridos durante a cirurgia propriamente dita.


Prototipagem para planejamento de implantes dentários (imagem da web)

Na última semana, a folha reproduziu reportagem muito interessante. Embora descrita como nova, a técnica foi usada em um caso em que uma paciente holandesa perdeu o osso mandibular depois de passar por séria infecção. Através do trabalho em 3D, foi confeccionada uma prótese mandibular de titânio sob medida, reduzindo o tempo da cirurgia de 20 para 4 horas.


A mandíbula foi inteiramente confeccionada em titânio e individualizada para o caso (imagem da web)

A peça inteira pesou poucas gramas e serviu de base para uma dentadura (imagem da web)

Nota-se que cada vez mais a técnica é usada com sucesso nas mais variadas indicações, com a principal vantagem que vejo no processo: a individualização da solução para cada paciente, um caminho inevitável e que deverá gerar inúmeros benefícios dentro da medicina e da odontologia.