Atenção: todas as imagens de pacientes e/ou casos clínicos publicados neste blog, estão autorizados, verbalmente e por escrito, pelo próprio paciente, dentro das normas do código de ética médico e odontológico. Eventuais exibições de rostos dos pacientes também está autorizado e é do seu conhecimento.
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Fratura de Órbita - O Assoalho Orbitário

Para ilustrar esta que é uma das fraturas de face mais comuns, imagens que demonstram um pouco de nosso trabalho.
                O assoalho orbitário é uma fina placa óssea (“lâmina papirácea” – do grego pápyrus = papel) localizada abaixo dos globos oculares, dando sustentação àquelas estruturas. De formato convexo e extremamente fino – de espessura compatível a uma folha de papel -, o assoalho da órbita exerce importante papel anatômico de auto-proteção às estruturas oculares durante os traumas de face (figura 1).
  1. Esquema representando a cavidade ocular com detalhe para o assoalho
                Por ser extremamente delgado, o assoalho orbitário sofre fraturas facilmente (figura 2) durante traumatismos faciais, aliviando a pressão interna na cavidade ocular, o que do contrário poderia levar a danos oftálmicos irreversíveis. 
    2. Fratura no assoalho orbitário
                Com o rompimento do assoalho da órbita, é comum que os tecidos que envolvem o globo ocular, como gordura e músculo, herniem (adentrem) para dentro da cavidade formada. Como consequência, os globos oculares perdem a simetria e podem causar visão dupla ao paciente, situação clínica conhecida como “diplopia” – (neologia do séc. XIX – vista duplicada).
                Outros sinais comuns à fratura do assoalho orbitário são o edema (inchaço), hematoma (olhos de “guaxinim” – figura 3) e hemorragia subconjuntival (aspecto de “olhos vermelhos). 
    3. “Olhos de guaxinim”
                Com o advento da fixação interna rígida por placas e parafusos de titânio na correção das fraturas, o tratamento da fratura de assoalho orbitário tornou-se menos complexo e com melhores resultados. Os exames por imagem como a tomografia computadorizada, em conjunto com o exame clínico, fornece importantes subsídios ao cirurgião bucofacial e norteiam a conduta, que pode variar de tratamentos conservadores até a reconstrução das paredes orbitárias com micro-telas e micro-parafusos de titânio (figura 4).
    4. Reconstrução do assoalho orbitário com tela de titânio