O osso zigomático, ou osso malar, é um dos sete ossos que constituem a cavidade orbitária, tendo papel importante no desenho da face, por participar da proeminência conhecida como "maçã do rosto".
O osso zigomático está intimamente ligado à vários outros ossos e acidentes anatômicos que fazem parte do esqueleto facial, como o osso temporal e o seio maxilar. Por estar proeminente em relação aos outros ossos da face, constantemente está envolvido em traumatismos diretos da face. É um osso de anatomia complexa e de difícil reparação cirúrgica.
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Ossos constituintes da cavidade orbitária |
Os sinais clássicos da fratura do osso zigomático são similares aos de qualquer fratura orbitária: edema (inchaço), hematoma, equimose subconjuntival (hemorragia ocular), parestesia (alteração na sensibilidade) e diplopia (visão dupla). Os sinais específicos ao osso zigomático são o afundamento da maçã do rosto, limitação da abertura bucal e crepitação à palpação.
O diagnóstico é essencialmente clínico, levando-se em consideração a força, a velocidade e a direção do trauma.
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Fratura do osso zigomático com assoalho orbitário associado |
Deve-se lançar mão de exames por imagem como radiografias de seios da face e tomografia computadorizada. Importante ressaltar que a avaliação oftalmológica é necessária sempre que exista a possibilidade de lesão aos globos oculares.
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TC de face evidenciando fratura do osso zigomático esquerdo |
Dependendo do nível de deslocamento do osso ou do grau de comprometimento funcional, o cirurgião bucomaxilofacial decide a necessidade ou não de tratamento cirúrgico. O tratamento baseia-se na fixação das fraturas através de placas e parafusos de titânio, por incisões seguindo as linhas de expressão e que não deixam cicatrizes aparentes.
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Reconstrução da órbita com tela e parafuso de titânio |