Nos últimos anos, com a inoperância das entidades odontológicas de classe, surgiram inúmeros novos cursos de graduação, bem como de pós-graduação em Odontologia.
Muitas vezes sem as mínimas condições de infra-estrutura e de corpo docente, essas novas instituições, juntamente com as instituições já existentes, vem jogando milhares de novos profissionais no mercado anualmente.
O resultado, com a grande oferta, é uma espécie de mercantilização da profissão, com serviços especializados sendo oferecidos a valores cada vez menores, em nome de uma concorrência entre colegas que não deveria existir. Naturalmente, com o aumento da oferta e os baixos valores praticados, a qualidade dos serviços oferecidos vem baixando consideravelmente.
Um fenômeno novo de exploração de jovens recém formados por grandes redes de saúde tem se repetido, oferecendo à esses profissionais salários aviltantes em troca de serviços em que nem sempre é oferecida a melhor condição. Além disso, os baixos índices de remuneração oferecido pelos planos de saúde aos cirurgiões dentistas favorecem a concorrência entre profissionais, que priorizam o preço à excelência.
Pelas redes sociais, são postadas imagens degradantes de charges sobre uma profissão que (ainda) é considerada nobre.
Felizmente, ainda existem profissionais (não poucos), pautados na ética, tecnologia e conhecimento, que conseguem oferecer aos seus pacientes/clientes a confiança e trabalho adequados e em bom nível, e não somente pautados na recompensa financeira.
A dica de hoje ao leitor é não comparar serviços em saúde com mercadoria. Ainda é comum consultar em vários colegas (a famosa "olhadinha", proibida pelo código de ética), afim de buscar o menor preço, à guiza do melhor serviço prestado. Você está tratando da sua saúde, da sua vida!
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